sábado, 30 de outubro de 2010

Você sabia sobre René Jules Lalique?

René Jules Lalique foi um mestre vidreiro e joalheiro francês que, seguindo as fontes de inspiração do modernismo, utilizou materiais pouco comuns à joalharia da época, como o vidro, esmalte, couro, marfim, nácar e mais pedras semi-preciosas que preciosas. A excelência das suas criações e o gosto que aplicava às suas obras valeram-lhe ser encarregado da decoração interior de numerosos navios, comboios, como o Expresso do Oriente, ou as fontes dos Campos Elíseos.


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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mosteiro de São Bento - Processos relevantes sobre Restauro




Clique na imagem para visualizar o cartaz.

 24-11-2010, das 10 hs às 12 hs.


Visite o site: Faculdade São Pedro

PARA PARTICIPAR, O INTERESSADO DEVERÁ PREENCHER UMA FICHA DE INSCRIÇÃO E PAGAR O VALOR DE R$ 10,00 PARA CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO.


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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Casa França Brasil Exposições

Rua Visconde de Itaborai, 78 Centro, Rio de Janeiro, RJ.

  • Hélio Oiticica – Museu é o Mundo
De 11 de setembro a 21 de novembro de 2010
Abertura: 11 de setembro de 2010, sábado
               15h, no Paço Imperial e ocupações na cidade, e
               17h, na Casa França-Brasil, com performance de David Medalla e uma homenagem da Mangueira Helio Oiticica.

Entrada Franca 
 
A Casa França-Brasil, juntamente com o Paço Imperial, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), recebe parte de destaque da obra de Hélio Oiticica. A Casa abrigará os penetráveis “Éden” e “Gal”, ambos de 1969, PN27 "Rijanviera" (1979); o parangolé “Capa Feita no Corpo” (1968), e os filmes “Agripina É Roma Manhattan” (1972), e “Brasil Jorge” (1972). Haverá ainda documentação sobre as obras expostas na instituição. No dia da abertura, o artista David Medalla fará uma performance e haverá uma homenagem da Mangueira a Helio Oiticica. 

A exposição, a mais completa sobre o artista já realizada, tem curadoria de César Oiticica Filho e Fernando Cochiaralle e conta com amplo projeto educativo, além de exibições de vídeos e processos do artista. Museu é o Mundo investe integralmente na afirmação de Oiticica e dispõe obras do artista instaladas em espaços públicos do Centro, Zona Sul e Zona Norte do Rio: Praças XV e do Lido, Aterro do Flamengo, área externa do MAM, Centro Cultural Cartola (Mangueira) e estação Central do Brasil.

"Hélio Oiticica – Museu é o Mundo"

Visitação às ocupações na cidade (transporte gratuito)
Partida: Casa França-Brasil, sábados e domingos, às 11h30 e 15h30.
Vagas limitadas. Inscrições com 30 min de antecedência no local.
Contato: educativoheliooiticica@gmail.com
Telefone: (21) 2215-5162

  • PROJETO COFRE VISTA (2010)
Período: 18 de setembro a 07 de novembro de 2010
De terça a domingo, das 10h às 20h
Monitores no local
Entrada Franca

Com o objetivo de valorizar a arquitetura do prédio histórico da Casa França-Brasil e viabilizar a exposição de trabalhos de arte contemporânea, a linha curatorial da programação está orientada para a realização de obras concebidas especialmente para os espaços da Casa. Com esta idéia norteando a ação cultural em artes visuais, grandes instalações ocupam o Salão Principal e as Salas Laterais, e um novo espaço será ocupado por um trabalho de arte. Trata-se do Cofre, uma sala de 2,40m² sem função definida desde a transformação do prédio em centro cultural. A primeira artista convidada a criar uma obra para o cofre é Cristina Salgado, (Rio de Janeiro,1957). Formada em Biologia, cursou mestrado em Comunicação e Cultura na Escola de Comunicação da UERJ e doutorado em Artes Visuais, na escola de Belas Artes da UFRJ. Foi artista residente no Yorkshire Sculpture Park, Inglaterra (1991), no Chelsea College of Arts and Design, University of the Arts London, Londres. É professora adjunta no curso de Design, na Pontifícia Universidade Católica desde 1993 e no Instituto de artes da UERJ, desde 1997. Durante 2009 foi professora no curso de Fundamentação, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Com exposições individuais e tendo participado de diversas coletivas, Cristina Salgado possui trabalhos em coleções públicas, como a Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Coleção João Sattamini, Museu de Arte Contemporânea de Niterói; Shell do Brasil, UECLAA/ University of Essex, Colchester, Inglaterra; British Council, Rio de Janeiro.

O trabalho idealizado pela artista para ocupar o cofre da Casa França-Brasil é “Vista”, que se amalgama ao próprio espaço, como se participante da mesma estrutura. 

Um drapeado rosado ocupa toda a extensão da parede do fundo do cofre, tendo ao meio, uma estreita faixa central de cor vermelha. O principal material utilizado é um tecido emborrachado e sua visualidade conota um acúmulo de pele, a parte externa de um corpo. A artista lida com o embaralhamento entre interioridade e exterioridade, seu tema recorrente. Cofre e “Vista” se associam para a produção sentidos entre organismo, valor, sufocamento, desvelamento.

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Fundação Biblioteca Nacional Exposição

Av Rio Branco 219 Rio de Janeiro CEP 20040-008
Tel 55 21 3095 3879 Fax 55 21 3095 3811

Visita Guiada

A arquitetura, acervo e laboratórios da BIBLIOTECA NACIONAL podem ser visitados de
2ª a 6ª, das 11h às 15h (visitas de hora em hora).

Visitas técnicas e reservas antecipadas são agendadas pelo telefone (21) 2220-9484 ou pelo
E-MAIL: visiguia@bn.br

Preço do ingresso: R$ 2,00

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Museu Nacional de Belas Artes Exposição

Visitação: Terça a sexta-feira das 10 às 18hs; sábados, domingos e feriados das 12 às 17 horas.
Ingressos: R$ 5,00 e meia: R$ 2,00. Grátis aos domingos.
Venda de ingressos e entrada de visitantes até 30 min antes do fechamento do Museu. Audio guia 


EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

  • Coleção Brasiliana Itaú pela primeira vez no Rio

A exposição Coleção Brasiliana Itaú apresenta mais de 300 peças - entre pinturas, aquarelas, desenhos, gravuras, mapas e livros - ligadas à história do Brasil. Esta exposição exibe pela primeira vez, Souvenir de Rio de Janeiro - obra única e de importância fundamental para a Iconografia do Rio, que permaneceu inédita até se tornar a mais nova aquisição deste acervo. Trata-se de um trabalho em aquarela, óleo, lápis e colagem realizado por Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Araújo Porto Alegre e Victor Barat em homenagem ao Rio de Janeiro, em 1832. A mostra passou por São Paulo e Minas Gerais onde foi vista por mais de 100 mil pessoas.

Período: De 17 de setembro a 21 de novembro.
 
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Centro Cultural Banco do Brasil Exposições

  •  Islã
A mostra reúne cerca de 350 peças que contam 1400 anos da história das nações do mundo islâmico
De 12 de outubro a 26 de dezembro 
 
  •  Miragens
Ocupando todo o segundo andar, a mostra “Miragens” é composta por 58 obras de arte contemporânea
de 19 artistas plásticos que têm em comum o universo cultural islâmico
Até 26 de dezembro
 
  • Matheus Rocha Pitta
Exposições individuais e inéditas, de artistas brasileiros contemporâneos, concebidas exclusivamente para o espaço, com curadoria dos próprios artistas. As obras apontam novas perspectivas estéticas e conceituais para a arte contemporânea brasileira. O próximo a expor o seu trabalho no CCBB será o artista Matheus Rocha Pitta.
 
De 28 de setembro a 7 de novembro.

Links:

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Você sabia que o mundo especula a Mona Lisa?

Mona Lisa (também conhecida como La Gioconda ou, em francês, La Joconde, ou ainda Mona Lisa del Giocondo), é a mais notável e conhecida obra do pintor italiano Leonardo da Vinci. É nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato. Também não há marcas de pinceladas, mesmo sendo uma pintura à óleo.

O quadro apresenta uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito, que deixa ver ligeiramente os dentes, é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador.

Em segundo plano, a paisagem estende-se às montanhas geladas e inclui caminhos ondulantes e uma ponte que dão indicação de presença humana. Os contornos desfocados, a figura graciosa, os contrastes dramáticos entre claro e escuro que se traduzem em serenidade são característicos do estilo de Leonardo. A pintura foi um dos primeiros retratos a descrever o modelo no seio de uma paisagem imaginária. Uma característica interessante da paisagem é a sua desigualdade. À esquerda da figura, a paisagem é visivelmente mais baixa do que à direita. Isto levou alguns críticos a sugerir que este elemento foi adicionado mais tarde.

A equipe do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá fez um estudo do quadro, por meio de scanners e lasers, e puderam projetar uma imagem em 3D com as várias camadas de pintura utilizada. A técnica revelou que a mulher do quadro usava um véu típico de mulheres grávidas do século XVI, o que poderia indiciar tanto que ela estava grávida, ou então havia dado a luz a pouco tempo.

Lillian Schwartz, cientista dos Laboratórios Bell, sugere que a Mona Lisa é na verdade um auto-retrato de Leonardo, porém, vestido de mulher. Esta teoria baseia-se no estudo da análise digital das características faciais do rosto de Leonardo e os traços do modelo. Comparando um possível auto-retrato de Leonardo com a mulher do quadro, verifica-se que as características dos rostos alinham perfeitamente. Os críticos desta teoria sugerem que as similaridades são devidas ao facto de ambos os retratos terem sido pintados pela mesma pessoa usando o mesmo estilo.

A última análise à enigmática Mona Lisa confirma que a personagem desenhada por Leonardo da Vinci está feliz. O quadro foi interpretado por um computador da Universidade de Amsterdã , recorrendo a software apropriado para reconhecimento de emoções. De acordo com esta análise, Mona Lisa estava 83 por cento feliz, 9 por cento angustiada, 6 por cento assustada e 2 por cento chateada. As conclusões da investigação vão agora ser publicadas na próxima edição da revista New Scientist. O computador cruzou variantes como a curvatura dos lábios e as rugas em torno dos olhos, para chegar a este "veredicto".
 


Me parece que esta obra ainda dará pano para a manga!!!





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Os Nazarenos

O nome Nazarenos foi adoptado por um grupo de pintores do Romantismo alemão do início do século XIX, que pretendia reviver a honestidade e a espiritualidade da arte cristã. O nome Nazarenos veio de um termo jocoso usado contra eles pela sua aparência, de uma maneira bíblica, de vestir e de pentear.





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domingo, 24 de outubro de 2010

Art Nouveau

Art nouveau ( "arte nova" em francês) foi um estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas. Era relacionado com o movimento Arts & Crafts e que teve grande destaque durante a Belle époque, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Relaciona-se especialmente com a 2ª Revolução Industrial em curso na Europa com a exploração de novos materiais (como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética) e os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida que teve grande influência nos cartazes. Devido à forte presença do estilo naquele período, este também recebeu o apelido de modern style (do inglês, estilo moderno).

Caracteriza-se pelas formas orgânicas, escapismo para a natureza, valorização do trabalho artesanal, entre outros. O movimento simbolista também influenciou o art nouveau.



sábado, 23 de outubro de 2010

Arts & Crafts

Arts & Crafts (do inglês artes e ofícios, embora seja mais comum manter a expressão original) foi um movimento estético surgido na Inglaterra, na segunda metade do século XIX. Defendia o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa e pregava o fim da distinção entre o artesão e o artista. Fez frente aos avanços da indústria e pretendia imprimir em móveis e objetos o traço do artesão-artista, que mais tarde seria conhecido como designer. Foi influenciado pelas idéias do romântico John Ruskin e liderado pelo socialista e medievalista William Morris.

Durou relativamente pouco tempo, mas influenciou o movimento francês da art nouveau e é considerado por diversos historiadores como uma das raízes do modernismo no design gráfico, desenho industrial e arquitetura.

De acordo com Tomás Maldonado, o Arts & Crafts foi uma importante influência para o surgimento posterior da Bauhaus, que assim como os ingleses do século XIX, também acreditavam que o ensino e a produção do design deveria ser estruturado em pequenas comunidades de artesãos-artistas, sob a orientação de um ou mais mestres. A Bauhaus desejou, assim, uma produção de objetos feito por poucos e adquirido por poucos, nos quais a assinatura do artesão tem um valor simbólico fundamental. De forma ampla, a Bauhaus herda a reação gerada no movimento de Morris contra a produtividade anônima dos objetos da revolução industrial.




 

 Duas montagens de interiores contemporâneas em estilo Arts & Crafts:



Agradecimentos: Wikipédia.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vanguarda

Vanguarda (deriva do francês avant-gard) em sentido literal faz referência ao batalhão militar que precede as tropas em ataque durante uma batalha. Daí deduz-se que vanguarda é aquilo que "está à frente". Desta forma, todo aquele que está à frente de algo e portanto aquele que está à frente do seu tempo em uma atitude poderia se intitular como pertencente a uma vanguarda.

No meio de diversas tensões sociais, políticas e mentais, a arte e a literatura tentam a ruptura com o passado e buscam o futuro de promessas. Procurando separar-se da burguesia e do seu materialismo, por meio de uma arte refinada e estetizante, surge o Modernismo, que se expande entre 1880-1914. Daí, considerar-se, também, como Vanguarda ou Vanguardismo o movimento do Modernismo que representa a inquietude de uma época. Este apresenta-se como corrente artística que procura a novidade contra o gosto estabelecido, abrangendo ou recobrindo todos os ismos: futurismo, cubismo, impressionismo, dadaísmo, expressionismo, interseccionismo, paulismo, sensacionismo...

São marcas do Modernismo: a liberdade criadora; o sentido aristocrático da arte, contra a vulgaridade; a perfeição formal; o cosmopolitismo; a correspondência entre as várias artes - literatura, pintura, escultura, música -; o gosto pelo exótico, pelo clássico e pelo pitoresco; o impressionismo descritivo; a renovação vocabular e dos recursos expressivos; a simplificação da sintaxe; o aproveitamento das imagens visuais e dos vocábulos musicais; a versificação irregular e o verso livre; a liberdade estrófica.
Cada uma das correntes de vanguarda assumiu um carácter específico, mas tinham sempre de comum o sentimento de romper com o passado, muitas vezes exprimindo a subjectividade e o irracionalismo humano, na ânsia de encontrar novas formas de expressão capazes de traduzir uma nova realidade para a sua contemporaneidade.

Na arte, estes movimentos de vanguarda celebrizaram-se com pintores como Matisse, Rouault, Chagall, Picasso, Braque, Kandinsky, Klee, Max Ernst, Mondrian, Miró, Dali; com músicos como Schönberg, Bela Bartok ou Stravinsky. Na literatura, merecem referência Henri James, Virginia Woolf, Joyce, Kafka, Hermann Hesse, John Dos Passos, E.E.Cummings, Jorge Luis Borges e poetas como Apollinaire, Mallarmé, Marinetti, Max Jacob, Ezra Pound, Valery, T. S. Eliot, André Breton, Maïakovski, Gertrude Stein, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, entre outros.
 



Agradecimentos: Infopedia.

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hiper-realismo

Hiper-realismo ou fotorrealismo é um estilo de pintura e escultura, que procura mostrar uma abrangência muito grande de detalhes, tornando a obra mais detalhada do que uma fotografia ou do que a própria realidade.

As obras hiper-realistas, por apresentarem uma exactidão de detalhes bastante minuciosa e impessoal, geram um efeito de irrealidade, formando o paradoxo: "É tão perfeito que não pode ser real".

Teve início em 1968, expandindo-se no início dos anos 70, tendo grande popularidade em Inglaterra e nos Estados Unidos.

Características:

-Precisão de detalhes (Sombra, luz, brilho, textura, ...);
-Temas da realidade (Pessoas, paisagens, animais, ...);
-Uso de imagens “pré-fabricadas”;
-Cor realista.

Técnicas:

-Uma das técnicas utilizadas pelos pintores hiperrealistas é o Airbrush. Os efeitos, texturas e gradientes que são obtidos através de um aerógrafo é muito mais difícil usando técnicas tradicionais;
-Trompe-l'oeil : é uma técnica artística que, com truques de perspectiva, cria uma ilusão óptica que mostre objetos ou formas que não existem realmente.





Agradecimentos: Wikipédia.

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Land Art

A Land Art, também conhecida como Earth Art ou Earthwork é o tipo de arte em que o terreno natural, em vez de prover o ambiente para uma obra de arte, é ele próprio trabalhado de modo a integrar-se à obra.
A Land Art surgiu em finais da década de 1960, em parte como consequência de uma insatisfação crescente em face da deliberada monotonia cultural pelas formas simples do minimalismo, em parte como expressão de um desencanto relativo à sofisticada tecnologia da cultura industrial, bem como ao aumento do interesse às questões ligadas à ecologia. O conceito estabeleceu-se numa exposição organizada na Dwan Gallery, Nova York, em 1968, e na exposição Earth Art, promovida pela Universidade de Cornell, em 1969.

É um tipo de arte que, por suas características, não é possível expor em museus ou galerias (a não ser por meio de fotografias). Devido às muitas dificuldades de colocar-se em prática os esquemas de land art, suas obras muitas vezes não vão além do estágio de projeto. Assim, a afinidade com a arte conceitual é mais do que apenas aparente.

Dentre as obras de land art que foram efetivamente realizadas, a mais conhecida talvez seja a Plataforma Espiral (Spiral Jetty), de Robert Smithson (1970), construída no Grande Lago Salgado, em Utah, nos Estados Unidos da América.





Agradecimentos: Wikipédia.

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Art Performance

A art performance ou performance artistística é uma modalidade de manifestação artística interdisciplinar que - assim como o happening - pode combinar teatro, música, poesia ou vídeo. É característica da segunda metade do século XX, mas suas origens estão ligadas aos movimentos de vanguarda (dadaísmo, futurismo, Bauhaus, etc.) do início do século passado.

Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Em geral, segue um "roteiro" previamente definido, podendo ser reproduzida em outros momentos ou locais. É realizada para uma platéia quase sempre restrita ou mesmo ausente e, assim, depende de registros - através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos - para se tornar conhecida do público.





Agradecimentos: Wikipédia.

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Happening

O happening (do inglês, acontecimento) é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaniedade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.

Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama".

 O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.
 
Em 2007, o Happening, não é ainda uma ferramenta extinta. Como tal, em Portugal, artistas como Miguel Palma que transporta portfólio e currículo provocatório, ou mesmo Francisco Eduardo reivindicando a "também autoria" de todas as exposições da rua miguel bombarda do Porto, levando a mãe a defender o seu trabalho e vestindo-se a rigor com mais 6 pessoas para almoçar na Desportiva com o Director do Museu de Serralves João Fernandes, após um meinho com este último ao meio. Movimento apelidado pelos autores de Projecto Individual, criou uma visibilidade muito própria e tem sido um foco de relativa importância para o meio artístico Portuense.






Agradecimentos: Wikipédia.

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Arte conceitual

A Arte conceptual (ou arte conceitual), define-se como o movimento artístico moderno ou contemporâneo que defende a superioridade das idéias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para a criar em lugar secundário. O artista Sol LeWitt definiu-a como:
"Em arte conceptual, a idéia ou conceito é o aspecto mais importante da obra. Significa que todo o planejamento e decisões são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A ideia torna-se na máquina que origina a arte."

Esta perspectiva artística teve os seus inícios em meados da década de 1960, parcialmente em reação ao formalismo, sendo depois sistematizada pelo crítico nova-iorquino Clement Greenberg. Contudo, já a obra do artista francês Marcel Duchamp, nas décadas de 1910 e 1920 tinha prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceptuais, como os readymades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos artísticos.

A arte conceitual recorre frequentemente ao uso de fotografias, mapas e textos escritos (como definições de dicionário). Em alguns casos, como no de Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner, reduz-se a um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de fato, dando ênfase à ideia no lugar do artefato. Alguns artistas tentam, também, desta forma, mostrar a sua recusa em produzir objectos de luxo - função geralmente ligada à ideia tradicional de arte - como os que podemos ver em museus.

O movimento estendeu-se, aproximadamente, de 1967 a 1978. Foi muito influente, contudo, na obra de artistas subsequentes, como no caso de Mike Kelley ou Tracy Emin que são por vezes referidos como conceptualistas da segunda ou terceira geração, ou pós-conceptualistas.





Cada louco com sua mania, ñ acham?

Agradecimentos: Wikipédia.

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Neoconcretismo

Neoconcretismo foi um movimento artístico surgido no Rio de Janeiro, Brasil, em fins da década de 1950, como reação ao concretismo ortodoxo.

Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro. Eram contra as atitudes cientificistas e positivistas na arte. A recuperação das possibilidades criadoras do artista (não mais considerado um inventor de protótipos industriais) e a incorporação efetiva do observador (que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas) apresentam-se como tentativas de eliminar a tendência técnico-científica presente no concretismo.

O movimento neoconcreto nunca conseguiu impor-se totalmente fora do Rio de Janeiro, sendo largamente criticado pelos concretistas ortodoxos paulistas, partidários da autonomia da forma em detrimento da expressão e implicações simbólicas ou sentimentais.

No dia 23 de março de 1959, o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil (dirigido por Reinaldo Jardim, participante do movimento) publicou o Manifesto Neoconcreto, assinado por Ferreira Gullar, Reinaldo Jardim, Theon Spanudis, Amílcar de Castro, Franz Weissmann, Lígia Clark e Lígia Pape.




Agradecimentos: Wikipédia.

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Minimalismo

Movimentos artísticos e culturais que percorreram diversos momentos do século XX e que preocuparam-se em se exprimir através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design, na música e na própria tecnologia. Em outros campos da arte, o termo também é usado para descrever as peças de Samuel Beckett, os filmes de Robert Bresson, os contos de Raymond Carver e até mesmo os projetos automobilísticos de Colin Chapman, entre outros.






Agradecimentos: Wikipédia.

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Op Art

Op art é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso de ilusões ópticas.

A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo.

Os trabalhos de op art são em geral abstratos, e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se.

Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.

O termo surgiu pela primeira vez na Time Magazine em Outubro de 1964, embora já se produzissem há alguns anos trabalhos que hoje podem ser descritos como "op art". Sugeriu-se que trabalhos de Victor Vasarely, dos anos 30, tais como Zebra (1938), que é inteiramente composto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada, devem ser consideradas as primeiras obras de op art.

Em 1965, uma exposição chamada The Responsive Eye (O Olho que Responde), composta inteiramente por trabalhos de op art, abriu em Nova Iorque. Esta exposição fez muito para trazer a op art à ribalta, e muitos dos artistas hoje considerados importantes no estilo exibiram lá trabalhos seus. Em seguida, a op art tornou-se tremendamente popular, e foram usadas imagens de op art em vários contextos comerciais. Bridget Riley tentou processar uma empresa americana, sem sucesso, por usar um dos seus quadros como base para um padrão de tecido.

Bridget Riley é talvez a mais conhecida dos artistas de op art. Inspirando-se em Vasarely, pintou uma série de quadros só com linhas pretas e brancas. No entanto, em vez de dar a impressão de um objecto do mundo real, os seus quadros deixavam frequentemente a impressão de movimento ou cor.
Mais tarde, Riley produziu trabalhos coloridos, e outros artistas de op art também trabalharam com cor, embora estes trabalhos tendam a ser menos conhecidos. Contrastes violentos de cor são por vezes usados para produzir ilusões de movimento similares às obtidas a preto e branco.
Outros artistas op art dignos de nota são Alexander Calder, Youri Messen-Jaschin e Victor Vassarely.





Agradecimentos: Wikipédia.

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Pop Art

Pop Art, movimento que usava figuras e ícones populares como tema de suas pinturas com o objetivo da crítica irônica ao bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de cinquenta para um, transformando o real em hiper-real.








Agradecimentos: Wikipédia.

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Body Art

A body art, ou arte do corpo, designa uma vertente da arte contemporânea que toma o corpo como meio de expressão e/ou matéria para a realização dos trabalhos, associando-se freqüentemente a happening e performance. Não se trata de produzir novas representações sobre o corpo - encontráveis no decorrer de toda a história da arte -, mas de tomar o corpo do artista como suporte para realizar intervenções, de modo geral, associadas à violência, à dor e ao esforço físico. Pode ser citado, por exemplo, entre muitos outros, o Rubbing Piece, 1970, encenado em Nova York, por Vito Acconci (1940), em que o artista esfrega o próprio braço até produzir uma ferida. O sangue, o suor, o esperma, a saliva e outros fluidos corpóreos mobilizados nos trabalhos interpelam a materialidade do corpo, que se apresenta como suporte para cenas e gestos que tomam por vezes a forma de rituais e sacrifícios. Tatuagens, ferimentos, atos repetidos, deformações, escarificações, travestimentos são feitos ora em local privado (e divulgados por meio de filmes ou fotografias), ora em público, o que indica o caráter freqüentemente teatral da arte do corpo. Bruce Nauman (1941) exprime o espírito motivador dos trabalhos, quando afirma, em 1970: "Quero usar o meu corpo como material e manipulá-lo".

As experiências realizadas pela body art devem ser compreendidas como uma vertente da arte contemporânea em oposição a um mercado internacionalizado e técnico e relacionado a novos atores sociais (negros, mulheres, homossexuais e outros). A partir da década de 1960, sobretudo com o advento da arte pop e do minimalismo, são questionados os enquadramentos sociais e artísticos da arte moderna, tornando-se impossível, desde então, pensar a arte apenas com categorias como pintura ou escultura. As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum - são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura, desafiando as classificações habituais, e colocam em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, o rompimento das barreiras entre arte e não arte e a importância decisiva do espectador como parte integrante do trabalho constituem pontos centrais para parte considerável das vertentes contemporâneas: ambiente, arte pública, arte processual, arte conceitual, earthwork.

A body art filia-se a uma subjetividade romântica, que coloca o acento no artista: sua personalidade, biografia e ato criador. Retoma também as experiências pioneiras dos surrealistas e dadaístas de uso do corpo do artista como matéria da obra. Reedita certas práticas utilizadas por sociedades "primitivas", como pinturas corporais, tatuagens e inscrições diversas sobre o corpo. O teatro dos anos 1960 - o Teatro Nô japonês, o Teatro da Crueldade, de Antonin Artaud (1896 - 1948), o Living Theatre, fundado por Julian Beck e Judith Malina, em 1947, o Teatro Pobre de Grotowsky (1933), além da performance - constitui outra fonte de inspiração para a body art. A revalorização do behaviorismo nos Estados Unidos, e das teorias que se detêm sobre o comportamento, assim como o impacto causado pelo movimento Fluxus e pela obra de Joseph Beuys (1921 - 1986), entre as décadas de 1960 e 1970, devem ser considerados para a compreensão do contexto de surgimento da body art.

Alusões à corporeidade e à sensualidade se fazem presentes nas obras pós-minimalismo de Eva Hesse (1936 - 1970), que dão ênfase a materiais de modo geral não rígidos. O corpo sugerido em diversas de suas obras - Hang Up, 1965/1966, e Ishtar, de 1965, por exemplo, assume o primeiro plano no interior da body art, quando sensualidade e erotismo são descartados pela exposição crua de órgãos e atos sexuais. As performances de Acconci são emblemáticas. Em Trappings, 1971, o artista leva horas vestindo seu pênis com roupas de bonecas e conversando com ele. "Trata-se de dividir-me em dois", afirma Acconci, "tornando o meu pênis um ser separado, outra pessoa." Denis Oppenheim (1938) submete o corpo com base em outras experiências. Sun Burn, 1970, por exemplo, consiste na imagem do artista exposto ao sol coberto com um livro, em cuja capa lê-se: "Tacties". Air Pressures, 1971, joga com as deformações impostas ao corpo quando exposto à forte corrente de ar comprimido. Chris Burden (1946) corta-se com caco de vidro em Transfixed

Na Europa, há uma vertente sadomasoquista do movimento entre artistas como Rebecca Horn (1944), Gina Pane (1939 - 1990), o grupo de Viena, o Actionismus, que reúne Arnulf Rainer (1929), Hermann Nitsch (1938), Günter Brus (1938) e Rudolf Schwarzkogler (1940 - 1969). Este, suicida-se, aos 29 anos, diante do público, numa performance. Queimaduras, sodomizações, ferimentos e, no limite, a morte tomam a cena principal nessa linhagem da body art. No Brasil, parece difícil localizar trabalhos e artistas que se acomodem com tranqüilidade sob o rótulo. De qualquer modo, é possível lembrar as obras de Lygia Clark (1920-1988),  que se debruçam sobre experiências sensoriais e táteis, como A Casa É o Corpo, 1968, e alguns trabalhos de Antonio Manuel (1947) e Hudinilson Jr. (1957).





 Agradecimentos: Itaucultural 

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Arte Urbana

Arte Urbana ou street art - é a expressão que refere-se a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.

As princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers, cartazes lambe-lambe (também chamados poster-bombs), intervenções, instalações, flash mob, entre outras. São formas de pessas sozinhas, expressarem os seus sentimentos atraves de desenhos.

A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard (designação "culturalista" tem o cunho de Françoise Choay). O termo era usado (em sentido lato) para identificar o "refinamento" de determinados traços executados pelos urbanistas ao "desenharem" a cidade.
Da necessidade de flexibilidade no desenhar da cidade surgiu a figura dos planos­­ de gestão. Este facto fez cair em desuso o termo Arte Urbana, ficando a relação entre Arte e cidade confinada durante anos à expressão Arte Pública.

Dada a dificuldade de enquadramento das inscrições murais feitas à revelia das autoridades e proprietários no conceito de arte pública, assiste-se a um ressurgimento da designação de "Arte Urbana" que passou a incluir todo o tipo de expressões criativas no espaço colectivo. Esta designação adquiriu assim um novo significado e pretende identificar a Arte que se faz no contexto Urbano à margem das instituições públicas.





Agradecimentos: Wikipédia.

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Repique

Essa é rapidinha, só para eu não perder o link nesta gigantesca Gema Mole que é a minha cabeça de ovo:

Vocês conhecem o blog Repique do Terra? Acabaram de me passar uma matéria de lá que indica lugares bem legais para fuçar o mundo da arte contemporânea. Como não são lugares amplamente divulgados pela mídia de massa (jornal, revista e TV), você vai topar com coisas realmente novas e muito interessantes.
Seja por curiosidade, pura diversão ou à procura de boas idéias para trabalhar e escrever, aconselho uma visita. Os links que eles publicaram já estão todos arquivados na Sessão Inspiração dos meus bookmarks.

PS.: Já ia esquecendo. O nome da matéria é Baixo Ribeiro e Saretta indicam melhores galerias.

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Restauração de olhos de vidro

Nas esculturas mineiras em madeira policromada dos séculos XVIII e XIX  os olhos de vidro são bastante utilizados, seja nas imagens de talha inteira, articuladas, de vestir ou de roca.  Seu uso tinha por objetivo aproximar-se do realismo do olho humano, já que o vidro colorido apresenta o brilho e translucidez necessárias à esta tarefa.

Não muito raro, nos deparamos com alguma imagem cujo olho de vidro apresenta algum grau de deterioração, estando parcial ou totalmente perdido. Nas imagens devocionais a reconstituição dos olhos é justificada por considerarmos o "olhar" um aspecto importante da comunicação do fiel com a imagem.
Nossa pesquisa teve início com a restauração da imagem de São Benedito de Palermo, da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, de Mariana/MG, em 1994. Algum tempo depois, realizamos a restauração dos olhos da imagem de Nossa Senhora da Conceição, da igreja matriz de Sabará/MG. As duas restaurações foram realizadas no Cecor - Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis/Escola de Belas Artes/UFMG.
São Benedito de Palermo,
Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Mariana/MG


Foto antes e depois da restauração do olho




A técnica desenvolvida para a restauração dos olhos dessas imagens foi apresentada no VIII Congresso da ABRACOR, em 1996, constando em seus  Anais. De lá pra cá, surgiram outros casos semelhantes cujas restaurações realizamos ou tivemos a oportunidade de acompanhar, enriquecendo nosso conhecimento neste assunto.

Pesquisamos os materiais possíveis de serem utilizados para esta restauração, que deveriam permitir um bom acabamento, oferecer uma textura lisa, possibilitar uma adaptação à cor e brilho desejados e ser reversível. Encontramos materiais odontológicos que respondiam à essas necessidades: o alginato para realização dos moldes e a resina acrílica auto polimerizante JET, para a confecção dos olhos.


Dois tipos de casos se apresentaram à nós: 
  • Perda parcial de um dos olhos - com perda da área da esclerótica (parte branca), mas com a preservação parcial ou completa da íris e pupila;
  • Perda total de um dos olhos. 
Em todos os casos, o corte facil para colocação dos olhos estava intacto, com a policromia também em bom estado. Portanto a intervenção deveria ser efetuada pelo orifício externo dos olhos.
Com a prática, fomos modificando o método utilizado. Descreveremos aqui cada passo do processo, comentando os resultados obtidos.






1. A curvatura do olho.

O primeiro passo para a reconstituição do olho é obtermos a curvatura da órbita ocular. Utilizamos dois métodos:
  • Quando a imagem é simétrica, fazemos um molde do olho que está íntegro, executando depois os acertos necessários para o encaixe perfeito do olho.
  • No caso de imagens que apresentam distorções entre um olho e outro, é mais prático fazer o molde diretamente sobre o vão do olho perdido. Para isso é necessário preencher esse vão com algodão (ou material semelhante), para que o material do molde não penetre mais que o necessário. 
(Esse método foi empregado por Suzana Mattoso na restauração do olho do Menino  Jesus, de uma imagem de Santo Antônio, da Matriz  de Santo Antônio de Santa Bárbara/MG).
Com esse primeiro molde obtemos a forma negativa do olho. A partir dela, construímos uma forma positiva que servirá de suporte para a confecção de um novo olho, de resina.
O processo para obtenção da curvatura do olho a ser reconstituído foi o seguinte:
  1. Isolamos a área do olho que servirá de modelo para tirar o molde - o molde deverá abranger a pálpebra. No São Benedito  utilizamos o filme de P.V.C. e na Nossa Senhora da Conceição, o verniz de PARALOID B72 em xilol a 10%. O segundo resultado foi o melhor.

  2. Sobre a área isolada, utilizamos o Alginato para fazer o molde. Essa massa foi colocada com o auxílio de um suporte, rapidamente sobre a área do olho, pois o processo de endurecimento é rápido - uma mudança de coloração permite o acompanhamento deste processo de geleificação.

    Em casos mais recentes, usamos o silicone SILON D, material de textura mais lisa, melhor qualidade e durabilidade que o Alginato, porém de custo superior a este.
     
  3. Sobre o molde negativo, aplicamos gesso para construirmos a fôrma positiva deste olho.
  4. A seguir, desbastamos na fôrma de gesso a área da pálpebra (conforme indica a seta da figura abaixo), para conseguirmos uma área maior da curvatura do olho.
 

Neste momento é interessante que se façam quantos acertos forem necessários à essa fôrma de gesso, pois na resina final esses acertos serão mais trabalhosos.

Já tendo feito o desbaste das pálpebras,  recortamos o gesso para servir de modelo para experimentações diretas no vão do olho. Seu formato deveria permitir sua introdução no orifício da pálpebra; para isto, optamos por uma forma em calota. Fixamos na forma em gesso um cordão para manipulá-lo, introduzindo-o no vão do olho, checando a curvatura e realizando nele todos os acertos necessários.

Tendo conseguido a curvatura ideal,  esse molde positivo em gesso foi utilizado como suporte para a forma definitiva em resina acrílica. Em trabalhos mais recentes, acrescentamos mais uma etapa: sendo feito outro molde negativo da forma, já com a curvatura correta, e a seguir tiramos o positivo em resina. Há duas vantagens nesse procedimento: o produto final em resina tem seu contorno mais definido e na parte da frente a calota terá uma textura lisa, ficando as irregularidades na parte interna - o que facilita seu acabamento.

Moldes de gesso (fôrma e forma) e réplica do olho em forma de calota - da imagem de Santo Antônio.

2. A confecção do olho em resina.
 

Nos casos em que pudemos conservar a íris original,  reconstituímos a esclerótica, que se encontrava praticamente perdida.  Para o posicionamento,  tínhamos como referência o olho que se encontrava em boas condições.

O processo para a confecção do olho em resina foi o seguinte:
  1.  Para que a resina se desprendesse com facilidade do gesso, este foi isolado com uma camada de sabão ou vaselina.
  2. Utilizamos a resina acrílica auto polimerizante JET (líquido e pó)

    Como a resina é transparente, nas primeiras experiências,  misturamos ao pó da resina os pigmentos branco de titânio, azul cerúleo e ocre claro, num almofariz, para obtermos o tom da esclerótica original. Depois fomos  acrescentando o líquido catalisador e aplicamos uma primeira camada sobre a fôrma. A seguir, fixamos a íris original com PRIMAL, sobre esta primeira camada e aplicamos uma segunda camada de resina ao nível da íris.

    Nas experiências posteriores, trabalhamos com a resina pura e depois aplicamos uma camada de tinta para obter a cor da esclerótica. Esse processo é mais prático e os resultados foram bons. Utilizamos  a tinta a base de pigmento/verniz, da Maimeri.

    Nos casos em que não havia ou não foi possível aproveitar a íris original, reproduzimos a íris também com o pigmento/verniz, da Maimeri. Se for necessário reproduzir o relevo da área da córnea, ao final damos um pingo de verniz de
    PARALOID (espesso) sobre a pupila, deixando-o acomodar espontaneamente e secar.
  3. O acabamento da  resina foi feito com lixa d' água n° 400 e 600 e lixas metalográficas.

 3. A colocação e fixação do olho reconstituído.
Após a remoção do cordão e limpeza do adesivo, aplicamos o verniz de PARALOID B72 a 10% em xilol para igualar o brilho da esclerótica original. 

  1. Foi fixada à calota  um cordão de algodão, para que depois de introduzida na órbita ocular, esta fosse içada. Para sua fixação definitiva, foi aplicado o adesivo acetato de polivinila (PVA) na pálpebra (lado interno). A calota foi puxada, mantendo uma força até a pega do adesivo.
  2. Após a remoção do cordão e limpeza do adesivo, aplicamos o verniz de PARALOID B72 a 10% em xilol para igualar o brilho da esclerótica original.
   
 Agradecimentos: Gilca Flores de Medeiro, Eliane Monte.

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